terça-feira, 26 de setembro de 2017

Telejornalismo: o medo da imagem


Na última semana, uma das tarefas da aula de telejornalismo, uma reportagem do tipo "fala povo", revelou uma grande dificuldade lidar com a imagem. Para nós estudantes de jornalismo, a vergonha foi diluída em atividades de estúdio, mas uma captação externa acaba revelando novos desafios: pessoas passando ao redor do local de gravação, ruído, o nervosismo de estar falando para a câmera em frente ao público, mas a pior de todas, encontrar pessoas do público dispostas a aparecer no vídeo, a câmera pode ser intimidadora para quem não é íntimo do equipamento.

Assim como nas disciplinas de rádio, o texto para tevê deve ser dinâmico, objetivo e fácil de ser falado. O redator tem um árduo trabalho de ler o texto diversas vezes buscando por expressões que possam travar a língua do repórter, este por sua vez enfrenta também o desafio de memorizar o texto e, em determinadas situações tem uma "cola" para informações complexas como número. Em todo grupo existe a pessoa que toma a posição do diretor, corrigindo e treinando o repórter a desempenhar o seu papel.

Mas é na hora da edição que conseguimos ter a noção de quão trabalhoso é o telejornalismo, separar trechos, colocar nomes e cargos de entrevistados, saber em qual local fica melhor o corte de uma sonora, pequenos detalhes que com o tempo vamos nos acostumando e pegando o jeito. Apesar de tantos desafios, encontrar quem esteja disposto a falar para as câmeras ainda é o maior desafio. Mas entre tantos desafios, tantos medos e tanto trabalho, a complexidade do telejornalismo, mesmo para quem produz o texto é algo que conquista pelos resultados.

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