Viver
vai muito além de uma condição biológica, é tudo o que fazemos para viver e
escrever uma história que pode ser cheia de cores e aventuras ou, cinza e
carregada de arrependimentos. Devemos sempre nos questionar sobre algumas
coisas simples: quando foi a última vez que me senti a vida valer a pena? O que
me deixa feliz? São incógnitas que podemos responder aparentemente de forma
simples, mas são complexas quando decidimos por aprofundar-se diante desta
simples indagação.
Quando existem os meios para buscar motivos
pelos quais não levamos a vida da forma que gostaríamos chegamos a uma
conclusão, somos ligados a instituições das quais tememos, família, círculos sociais,
religião, agem como uma forma de controle, temos a necessidade de sermos “aceitos”.
Podemos falar aqui Das Três Transmutações, primeira parte da obra Assim Falou Zaratustra
escrita por Nietzsche: o homem nasce livre, o espirito infantil é livre,
entrega-se facilmente a fantasia e usa a sua imaginação para explicar as
coisas, é como um animal livre que toma suas decisões, a partir do momento que
nascemos começa o processo de “domesticação” os pais nos preparam para os
primeiros contatos sociais, a escola nos encaminha para a vida profissional,
nos tornamos camelos, um animal submisso ao dragão, este representando os
deveres, as instituições, resumindo, quem diz o que devemos fazer e o que é bom
ou não para nós. Entretanto o camelo pode vir a sofrer uma transmutação,
tornando-se assim um leão, o estado de felino são para quem quer demonstrar força,
o predador que não acata ordens, o indomesticável, o homem que busca trilhar
seu caminho e não se importa muito com o que irão pensar, ele quer recuperam o
seu espirito infantil, a liberdade de sua lógica outra, é como Tony Montana,
personagem interpretado por Al Pacino em Scarface (1983), acreditando que o
mundo é seu “The World Is Yours”, a atitude de quem sabe o quer e corre atrás
para realizar.
As pessoas vivem com medo, o sensacionalismo
com suas notícias sangrentas, gerador de confusões através da reapresentação de
fatos ocorridos como recentes e a generalização que ele gera entorno de casos
isolados. Temos a sensação de que vivemos em um mundo extremamente violento,
esquecemos do acesso a informação quase que de maneira universal e em tempo
real que temos a nossa disposição, as notícias se espalham em uma velocidade
inimaginável há 10 anos atrás, o mundo está mais violento ou nós temos mais
acesso aos acontecimentos e aos boatos como nunca tivemos antes? A segunda
afirmação para alguns será mais plausível, são as pessoas que vão para as ruas
e têm base para refutar em grande parte o sensacionalismo. Vivemos em um mundo
dinâmico, conectado e com acesso fácil à informação, está não necessariamente
um agente de formação.
Viver de forma plena não é tarefa simples,
escrever uma história interessante é muitas vezes não evitar o confronto com
pessoas importantes em nossa existência. O mais complicado diante de um embate
é exatamente as relações interpessoais, cada um pensa de uma maneira, as
pessoas ligadas firmemente ao institucional tendem a ter menor tolerância
diante de uma escolha da qual ela não aprova para ela e estende ao próximo,
afinal de contas, algumas pessoas são mais ligadas a espiritualidade, quem quer
ter o que contar prefere o caminho da espirituosidade.
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