sábado, 21 de novembro de 2015

A razão pela qual não expresso minha opinião no Facebook.

  Quem me conhece sabe que há alguns anos eu tomei a decisão de não comentar nada que possa causar uma polêmica no Facebook afim de evitar discussões sem fundamento e cheias de argumentos vazios. Há exatamente uma semana, após o rompimento das barragens da Samarco que vem causando um desastre ambiental de proporções inimagináveis em Minas Gerais e no Espírito Santo, e dia depois ocorrendo os ataques terroristas em Paris, observei que muitos nem ao menos tocaram no fato ocorrido em Mariana e, logo quando liberaram a bandeira francesa no avatar da rede social pessoas saíram aderindo a rodo a essa campanha.
  Na ocasião questionei o fato do brasileiro se chocar com facilidade com coisas que acontecem em outros lugares do mundo e, tratar com indiferença o que acontece em nosso país, em momento algum tive a intenção de debater qual tragédia foi a pior, sim sabia que viria algum comentário contrário colocando argumentos vazios, disseram que aquilo era complexo de vira-lata. Mas no fim era o resultado que eu esperava, uma rede social onde a grande maioria dos usuários servem apenas como massa de manobra, essa preocupação com a França com direito a bandeirinhas foi uma jogada de marketing e mostra bem como pessoas conseguem ser influenciadas pelo ambiente, existem diversas outras maneiras de se manifestar, mas certamente como no caso da liberação do casamento gay nos EUA, esses dados ficaram guardados e alguma hora serão usados a for de empresas parceiras.
  O Facebook é um ambiente de intelectuais com opiniões formadas sobre os mais diversos assuntos, todos têm sua opinião como única e verdadeira. A ideologia vem pré fabricada de páginas tendenciosas, afinal o brasileiro quando simpatiza com uma pessoal tem tudo que ela diz como verdade absoluta, prefiro colocar minha opinião nesse blog, singelo de poucos acesso, porém um ambiente livre de imbecis donos da verdade. Afinal não se pode mudar o mundo sem se preocupar com o lugar onde vive, no meio da discussão uma conexão minha do próprio Facebook postou um link muito interessante, uma reportagem do G1 publicada no dia 27/07 desse ano, dizendo que a média de assassinatos no Brasil durante 2014, foi de 124 casos. Se não nos chocamos com o número diário de mortos no nosso país, porque choca tanto os atentatos em Paris? Só gostaria de saber qual é o senso de tragédia do brasileiro, olhar pra fora é fácil, o difícil é reconhecer o que acontece em nossa própria casa.

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