terça-feira, 4 de março de 2014

Experiências de vida, frustrações, amadurecimento e decisões.

  Para algumas pessoas eu desperdicei alguns anos da minha vida, mas na verdade sinto que investi um tempo em me conhecer melhor. Seis anos se passaram desde que terminei o ensino médio, sou um apaixonado por carros e decidi por fazer alguns cursos e tentar trabalhar como mecânico, bom tive uma breve experiência em uma oficina especializada em importados na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo, coisa de um mês, gostei do ambiente, mas após poucas semanas em uma segunda-feira duas semanas pós carnaval fui comunicado após um dia exaustivo de trabalho que seria desligado da empresa, detalhe passei uma semana em casa doente e quando volto essa notícia mas enfim a vida tem dessas e por um tempo fiquei pensando naquilo tudo, o que fiz de errado, por qual motivo aquela decisão foi tomada, após alguns meses, bons meses, passei a procurar outra coisa na mesma área e mais perto de casa, pois enfrentar a linha 9 Esmeralda da CPTM é para pessoas fortes e reconheço a garra de quem a utiliza diariamente.
  Passei mais um bom tempo procurando em oficinas, mandando currículo para empresas, participando de processos seletivos para concessionárias e fazendo testes de um dia em oficinas independentes sem muito sucesso, não tenho experiência e não gosto de fazer um serviço do qual não conheço "correndo", prefiro ir na calma observando os detalhes, tirando dúvidas e intendendo o funcionamento da peça ou sistema, pelo visto isso aliado a minha aparência com cabelos compridos sejam barreiras, mas com tudo isso aprendi coisas importantes, não tinha a menor pretensão de fazer faculdade tão cedo, uma amiga sempre disse que me daria bem com jornalismo e depois conheci uma pessoa que acabou por me incentivar ainda mais nesta decisão, sempre comentei com um grande amigo meu que jornalismo seria minha segunda opção de faculdade, isso já há 9 anos, hoje é minha primeira opção, já busco por cursos, informações sobre o PROUNI e FIES e, sim nunca estive tão seguro de uma decisão.
  O teste de fogo, chamo assim o período que vivi ano passado, várias entrevistas nas mais diversas áreas, algumas com resposta imediata, os não selecionados eram informados na hora, gosto disto, mostra a consideração do examinador com o candidato que não preencheu os requisitos da vaga e faz com que o mesmo não crie expectativas. Outras empresas ficaram de entrar em contato e até hoje não deram uma única satisfação, em casos isolados discuti com recrutadores, quem quer ouvir a seguinte frase: "Seu cabelo comprido denota falta de maturidade e compromisso.". Não fiquei alheio e lhe perguntei se julgar algo pela aparência seria algo maduro, esperei por uma resposta, mas peguei meus documentos me levantei e sai pela porta, em outra situação fui questionado se trabalhar no período noturno seria um problema, bom me candidatei sabendo das condições da vaga, mas enfim, nunca se sabe o que passa pela cabeça das pessoas, mas tudo isso teve um efeito positivo na minha vida.
  Algumas semanas atrás tive o dia crucial, aquilo foi o ponto de início para um amadurecimento pessoal, fui convidado para participar de um processo seletivo para corretor imobiliário, não alimentei a miníma esperança, coloquei um jeans e uma camisa polo, era feriado municipal, 52 anos da Emancipação de Osasco, não tinha nada a perder e me surpreendi, foi apresentada a vaga, as condições de trabalho que seria autônomo e as possibilidades de ganho, me interessei e as escolhas eram só minhas minha roupa casual, meu cabelo comprido e minha barba grande não interferiram em absolutamente nada, uma semana pensando, conversando com amigos e tomei uma decisão, o que gastaria para conseguir um resultado positivo não compensaria o investimento inicial e por isso por escolha minha não aceitei a vaga, mas onde entra a parte boa, simples me reencontrei com o poder de escolha.
  Há alguns meses decidi deixar meu outro blog mais profissional, deu resultados, surgiram novos projetos como um canal no Youtube que ainda não consegui tirar do papel, projetos de fazer coberturas de eventos, entrevistas com pessoas que realmente são loucas por carro e sim veio como uma bigorna do desenho do Papaleguas caindo na cabeça do Coyote, mas no meu caso não havia a inscrição 10 ton, mas veio escrito jornalismo, por isso hoje eu digo que esses anos ociosos, as respostas negativas, os desaforos, a falta de resposta de algumas empresas e o poder de escolha de uma foram cruciais para minha presente decisão, tudo aconteceu ao seu tempo, apesar de todas frustrações gosto ainda mais dos carros, farei mais cursos na área automotiva afim de adquirir conhecimento técnico e possibilitar um domínio maior sobre o assunto, hoje eu gosto muito mais de falar sobre carros do que literalmente mexer com eles, nada como como reconhecer um amadurecimento, ás fazes que nos levam a tomar decisões concretas e deixo um agradecimento especial aos meus amigos que suportaram minhas queixas e que mesmo parecendo loucura me apoiaram em todas decisões durante este árduo caminho.

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